sábado, 5 de maio de 2007

Escrevo diante da janela

Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas
Verde!... e que leves, lindas filegramas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas cotidianas.

Jogos de luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmito... iriso-me... estremeço
Nos leves dedos que me vão pintando!

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